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Ifac é parceiro da Ufac e do Senai na produção de máscaras de proteção
O Instituto Federal do Acre (Ifac) está participando de um projeto em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai DR/AC) na produção de máscaras de proteção facial para a prevenção do Covid-19. O projeto, iniciado em abril, tem a meta de entregar, até o final de agosto, 10 mil protetores faciais, especialmente para profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate à pandemia no Estado do Acre.
Também conhecido como face shield (em português, protetor facial), o equipamento é mais uma importante ferramenta para a proteção contra o vírus, por oferecer uma barreira física protegendo as vias respiratórias do usuário. Uma vantagem dos face shields é que podem ser reutilizados, desde que higienizados adequadamente após o uso com água e sabão, álcool 70% ou hipoclorito de sódio 1%.
O projeto tem o objetivo de produzir máscaras de proteção facial de forma a ampliar a segurança dos profissionais de saúde que estão lidando diariamente com pessoas contaminadas pelo coronavírus. Trabalhadores que atuam no atendimento ao público como funcionários da Organização em Centros de Atendimentos (OCA) e dos bancos também serão contemplados.
O projeto é uma iniciativa de estudantes de Medicina da Ufac e conta com participação voluntária de pesquisadores e estudantes da universidade, do Ifac e do Senai. O responsável é o médico Fernando de Assis de Melo e a coordenação operacional é do aluno de Medicina, Lucas Reis.
Integrante do projeto, a acadêmica de Medicina, Larissa Maria da Costa, conta como surgiu a ideia. “Começou com três estudantes da Ufac de Medicina que criaram um protótipo de protetor facial feito de cartolina”, comenta. Larissa explica que o projeto foi crescendo, até que os integrantes decidiram criar um modelo mais resistente e que fosse reutilizável, quando surgiu a ideia de utilizar as impressoras 3D, do Laboratório de Tecnologias Educacionais 3D (TE3D/Ufac) do Curso de Medicina Veterinária.
“Com apoio do Professor Yuri Karaccas passamos a usar as impressoras para produzir os clipes dos protetores faciais. Criamos um modelo de protetor de baixo custo, rápido de produzir, reutilizável e confortável. A grande diferença da cartolina para o protetor facial que estamos produzindo é que este pode ser utilizado mais de uma vez, garantindo que o profissional esteja protegido por mais tempo”, relata a estudante.
A produção dos protetores faciais vem sendo realizada, desde abril, nos laboratórios multidisciplinares da Ufac, Ifac campus Rio Branco e Senai, que também disponibilizaram profissionais capacitados para a tarefa, além de alunos voluntários. O projeto também conta com apoio do Ministério Público do Estado do Acre e da Prefeitura de Rio Branco. Além disso, as instituições ainda trabalham juntas na entrega dos equipamentos nas Secretarias de Saúde do Estado do Acre e outras organizações.
As máscaras são compostas de suporte para a cabeça, produzido por impressão 3D, e a proteção facial é feita com uma folha de acetato transparente. Junto com as máscaras, são entregues manuais com instruções para uso e limpeza do equipamento.
“Nosso principal objetivo é ajudar a saúde. Não estamos na linha de frente, mas queremos contribuir com essas pessoas. Também quero enfatizar a importância dos voluntários, pois só conseguimos isso por causa dessa rede de apoio que foi criada. Os voluntários fazem a montagem, lixam e preparam o produto para a entrega com o manual”, comenta Larissa.
Ifac no enfrentamento à pandemia
Além de participar do projeto iniciado pela Ufac, o campus Rio Branco dará continuidade a produção de máscaras e outros equipamentos (EPIs). Isso será possível, graças à aprovação do projeto submetido no edital da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) de apoio a ações para o enfrentamento da Covid-19. Com os recursos no valor de aproximadamente R$ 32 mil, foram adquiridos impressora 3D e insumos para a produção de máscaras, conforme explica o coordenador da ação, Professor Ricardo Pereira.
“No projeto do Ifac com apoio da Setec, pedimos uma impressora 3D e alguns insumos, como os filamentos para fazer a impressão do suporte para a cabeça. Parte desse material vai ser utilizado no projeto de extensão que institucionalizamos para a produção de máscaras de proteção facial. Também pretendemos produzir outros materiais e até equipamentos para os profissionais de saúde do estado, além de outras demandas que venham a surgir nesse momento”, esclarece.
A iniciativa integra o conjunto de esforços do Ifac no enfrentamento da pandemia no estado. Desde março, o Instituto vem trabalhando com diversos projetos nas seis unidades, buscando minimizar os impactos da pandemia para a população, como a produção de sabão, álcool 70% e máscaras de tecido.
O Ifac vem trabalhando com as recomendações das organizações de saúde (OMS/MS) sobre o distanciamento social e, por isso, teve suas atividades presenciais suspensas. Ainda assim, mantém o auxílio financeiro aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, com editais da Assistência Estudantil.