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Ifac realiza I Simpósio Nacional de Metodologias Ativas da EPT
Entre os dias 15 e 18 de abril, o Instituto Federal do Acre (Ifac) realizou o I Simpósio Nacional de Metodologias Ativas da Educação Profissional e Tecnológica (I SinmaEPT). O evento ocorreu virtualmente com transmissão ao vivo pelo Youtube e contou com participação de mais de três mil pessoas entre estudantes, professores e pesquisadores de vários estados e de Portugal.
O evento teve como objetivo discutir as metodologias ativas que dão ênfase ao papel protagonista do aluno, seu envolvimento direto, participativo e reflexivo em todas as etapas do processo, com a orientação do professor, no contexto da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) e produzir conhecimentos para a superação dos problemas no ensino aprendizagem.
O simpósio é resultado de um projeto de extensão aprovado no edital 02/2020 em colaboração contra os impactos da pandemia de Covid-19. A coordenação é dos professores Cleilton Sampaio e José Júlio Araújo.
Abertura
A cerimônia de abertura foi realizada na manhã do dia 15 e teve a presença da reitora do Ifac, Rosana Cavalcante dos Santos, do pró-reitor de Extensão, Fabio Storch, do professor do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) e coordenador de Pesquisa, Cleilton Sampaio e do coordenador do Programa de Residência Pedagógica no Ifac, José Júlio Araújo.
Imagem: Mesa de abertura do I SinmaEPT / Reprodução: Youtube
“Este já é o maior evento de uso de metodologias ativas na educação profissional no Brasil. São 3.100 mil participantes: pesquisadores das quatro regiões do país e de diversas instituições de ensino superior, de quase todos os Institutos Federais, colégios de aplicação, escolas técnicas de saúde, professores e pesquisadores de Portugal e também professores de educação básica que construíram suas práticas de enfrentamento à pandemia usando metodologias ativas”, destacou o professor José Julio durante a abertura do simpósio.
Já o professor Cleilton Sampaio falou sobre a importância do evento como um espaço para discussão e troca de experiências acerca das metodologias ativas. “Hoje inauguramos a discussão sobre as metodologias ativas na Rede Federal de EPT. Depois de muita reflexão no mestrado ProfEPT, percebemos que não havia um espaço específico para que professores em formação e professores formados pudessem compartilhar suas experiências sobre metodologias ativas e assim colaborar para a compreensão das mesmas nos ambientes educacionais.”
O docente explicou que as metodologias ativas colocam o aluno como protagonista do próprio aprendizado e falou da importância em discutir o tema que também está presente no contexto atual. “As metodologias ativas não poderiam deixar de ser inseridas ao processo de ensino e aprendizagem da atualidade devido aos vários desafios que os alunos e professores estão enfrentando por causa da pandemia. De fato, esse é um momento de crise, mas também de oportunidades de criar, adaptar e experimentar as várias metodologias ativas com o objetivo de tornar o estudante protagonista do seu próprio aprendizado”, pontuou.
Imagem: Integrantes da mesa de abertura do I SinmaEPT / Reprodução: Youtube
O pró-reitor de Extensão, Fábio Storch também participou da mesa de abertura, destacando o papel da extensão durante a pandemia e a importância do tripé ensino, pesquisa e extensão na produção do conhecimento e na formação do aluno.
“Este é um evento com a cara da Rede Federal já que engloba o tripé do ensino, pesquisa e extensão. Poderíamos destacar uma ação importante relacionada à pesquisa e pós-graduação, que foi a oportunidade de qualificação dos nossos professores a título de doutorado, o que possibilitou que fôssemos um polo do ProfEPT. Poderíamos, também, destacar a residência pedagógica que tem possibilitado um olhar moderno e atual para as novas metodologias de ensino como é o caso das metodologias ativas. Políticas institucionais que, juntamente, com a extensão encontraram nos nossos colegas extensionistas a motivação necessária para que esse evento se tornasse realidade”, concluiu, parabenizando os realizadores e colaboradores do simpósio.
Em seu pronunciamento, a reitora do Ifac afirmou que eventos como este são importantes espaços para discussão sobre os desafios e a superação de momentos como o atual: “Não tem como falar de educação sem contextualizar a pandemia. Por isso que espaços como esse de reflexão, de avaliação dessas metodologias são os espaços adequados onde a gente consegue trazer esse momento que a gente vive com a sensibilidade necessária, mas sem perder de vista que a gente precisa superá-los,”, destacou.
A gestora ainda citou a importância da Rede Federal que tem mais de 650 unidades no Brasil inteiro, sendo integrada por 41 institutos. Nesse contexto, Rosana Cavalcante também destacou a relevância do ProfEPT como um dos maiores programas de mestrado do Brasil.
Programação
Imagem: Prof. Sérgio Claudino proferiu a palestra magna no I SinmaEPT / Reprodução: Youtube
Logo após a cerimônia de abertura, teve início a palestra magna do I SinmaEPT, proferida pelo professor doutor em Geografia Humana e coordenador do Mestrado em Ensino da Universidade de Lisboa, Sérgio Claudino. Ele falou sobre o projeto “Nós propomos!”, que ajuda a identificar os problemas socioambientais locais e favorece a busca de soluções na vida política da comunidade.
A programação continuou durante a tarde com apresentação de trabalhos divididos em diversas salas que abordaram as temáticas de Aprendizagem Baseada em Estudos de Casos, Sala de Aula Invertida e Ensino Híbrido. Os participantes também assistiram a palestra sobre Ensino Híbrido: desafios e possibilidades, proferida pela doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano (USP) e cofundadora da Tríade Educacional, Lillian Bacich. As atividades seguiram com palestras e apresentação de trabalhos até domingo, 18.
Divulgação científica
Antes mesmo de iniciar, o I SinmaEPT já comemorava a conquista de importantes espaços para a divulgação dos trabalhos apresentados no evento. Segundo o professor José Júlio, além dos anais do simpósio, onde serão publicados todos os trabalhos aprovados, os 36 melhores artigos apresentados terão publicação garantida em três periódicos na área de educação: as revistas “Conexões da Amazônia”, do Ifac, “Aquiri”, da Universidade Federal do Acre (Ufac) e “Cadernos de Educação Básica”, do Colégio Dom Pedro II (Rio de Janeiro).
Além disso, 12 textos serão selecionados para uma comunicação em livro. “Assim daremos visibilidade nacional aos trabalhos aprovados neste evento que versam sobre as emergentes metodologias ativas em experimentação no ensino brasileiro”, afirmou o coordenador.