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Participantes do curso de fotografia no Ifac se destacam no ofício
Sala de aula lotada no curso de fotografia / Foto: Dscom/Ifac
O Instituto Federal do Acre (Ifac) tem como uma de suas principais finalidades, além de oferecer ensino e pesquisa, a promoção de ações de extensão junto da comunidade. A partir do tripé do ensino, pesquisa e extensão, nos onze anos de atuação do Ifac no estado do Acre, uma grande variedade de iniciativas de extensão foram realizadas, incentivando a troca de saberes e aprendizado de diferentes habilidades e, assim, realizando mudanças positivas na sociedade.
Com a passagem de 19 de agosto, Dia Mundial da Fotografia, apresentamos a experiência de dois jovens que participaram do projeto Curso Básico de Fotografia e transformaram suas vidas, passando a utilizar os conhecimentos acessados no curso para o mundo do trabalho.
A história começa em 2017 quando o Ifac abriu a primeira turma do curso de fotografia, por meio de um projeto de extensão coordenado pelo servidor Davi Sopchaki, que também atua como fotógrafo profissional. O projeto alcançou um grande público dentro e fora do Ifac, dado o interesse pelo assunto e a oportunidade de aprender as técnicas de fotografia a partir de um curso gratuito. A grande demanda levou o servidor a dar continuidade no projeto abrindo mais turmas nos anos seguintes, em 2018 e 2019. Nesse período, 181 pessoas foram certificadas nos cursos de fotografia e edição de imagens.
Muito além disso, o projeto ajudou a revelar grandes talentos na arte de “escrever com a luz” e algumas pessoas passaram a trabalhar com a fotografia obtendo uma renda extra ou até mesmo vivendo do ofício. É o caso da Clara Lis Martins que participou da primeira turma do projeto, em 2017. Acadêmica de Jornalismo, Clara conta que sempre foi apaixonada por cinema e por fotografia.
“Foi no curso do Ifac onde aprendi a fotografar. A partir daí meu interesse foi aumentando mais e mais. Comprei minha primeira câmera e aos poucos fui me inserindo no mercado. O Davi ministrou todas as aulas de forma bem detalhada e explicativa. Enfim, gostei demais de ter dado meus primeiros passos na fotografia nesse curso.”
A fotógrafa atua em Rio Branco e já acumula um portfólio com vários ensaios em seu perfil no Instagram (@claralisfotografia). “Tenho feito outros cursos pela internet e quando tudo voltar um pouco mais ao normal por conta da pandemia quero fazer outros em outro estado”, garantiu.
Outro participante do projeto que passou a atuar como fotógrafo foi o Raí Lima Rodrigues, que participou da última turma do curso no final de 2019. “Eu sempre fui apaixonado por fotografia e tinha acabado de adquirir uma câmera fotográfica, porém eu nem sabia como ligar ela basicamente. Nessa mesma semana, vi no jornal que estavam abrindo as turmas para o curso de fotografia no Ifac. Me inscrevi e por pouco não fiquei de fora porque é muito concorrido”, contou.
O fotógrafo que também divulga seu portfólio em um perfil no Instagram (@railimaarte), conta que o material de estudos fornecido e as aulas expositivas do professor foram importantes para seu aprendizado construído com muita dedicação.
“Já no primeiro dia comecei a aprender como mexer na câmera, pois o professor Davi disponibilizou um material e nos deu um caderno de anotações que tenho até hoje e guardo com muito carinho. Primeiramente aprendemos sobre a teoria, desde a história da fotografia até mexer realmente no equipamento. Eu anotava tudo na aula e testava em casa. Aprendi a mexer no manual da câmera e consegui dominar o Triângulo de exposição. Acho que foi a parte mais difícil no início, porém o Davi explica muito bem e consegui pegar tudo.”
Raí também falou da experiência nas saídas fotográficas com a turma e como foi que conseguiu seu primeiro trabalho como fotógrafo. “Logo pro final do curso tivemos as aulas práticas. Era muito divertido! Fazíamos ensaios das colegas do curso e de parentes dos nossos colegas. Essas aulas ocorriam no campus do Ifac, mas também na Ufac e no Horto. Nessa aula que estava ocorrendo no horto eu recebi uma ligação pra cobrir um aniversário. Ali foi meu primeiro trabalho, ou seja, eu já comecei a trabalhar durante o curso”, compartilhou.
Saída fotográfica no campus da Ufac / Foto: Jaqueline Oliveira
Finalmente, o fotógrafo falou da importância de ter participado do projeto e da gratidão que sente pela oportunidade de se realizar profissionalmente. “O curso me pagou pela mão, aprendi tudo que tinha que aprender e comecei a trabalhar. Hoje eu vivo da fotografia. Fiz daquilo que me mantinha espiritualmente também me manter financeiramente. Ainda não é como eu quero mas sinto que estou no caminho certo. E isso tudo aconteceu graças a Deus primeiramente, e a esse curso de fotografia ministrado pelo professor Davi no Ifac.”
Para o coordenador do projeto, é gratificante poder contribuir para a qualificação dessas pessoas no mercado de trabalho. “Alguns fizeram o curso só por hobby mesmo, mas para outros virou a fonte de renda principal ou complementar. Fico feliz de ver que a demanda do curso é sempre altíssima. Em média 600 pessoas se inscrevem num período de duas horas. Agradeço muito à Pró-Reitoria de Extensão ao Cread [Centro de Referência em Educação a Distância e Formação Continuada] pelo apoio.”
Quem ainda sonha em aprender fotografia pelo projeto ofertado no Ifac pode se preparar. Davi informou que uma nova turma deve ser aberta em 2022, caso o quadro pandêmico já permita aulas presenciais. “O e-mail do curso tem recebido muitas mensagens de pessoas interessadas em saber quando terá uma nova turma. Mas para retomar o projeto temos que aguardar a liberação para atividades presenciais no Ifac. Quando isso ocorrer, as inscrições serão anunciadas pelas redes sociais do instituto e no site fotografia.ifac.edu.br.”