Formandos de cursos técnicos vivenciam o primeiro emprego como professores do Pronatec

Publicado: Quinta, 05 de Mai de 2016, 15h57

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) vem contribuindo cada vez mais com a mudança na vida profissional de diversos jovens no Brasil, tanto os que se capacitam, como aqueles que têm a oportunidade de serem capacitadores.

Em 2012, três amigos adolescentes tiveram a chance de ingressar no curso Técnico em Informática integrado ao ensino médio do Instituto Federal do Acre - IFAC em Sena Madureira, regional do Vale do Purus. Faltando poucos dias para termino do curso, a oportunidade para os hoje três jovens ingressarem no mercado de trabalho apareceu. Eles contam que uma professora falou da abertura do edital para vaga de instrutor do Pronatec e incentivou-os a participar.

“Quando o resultado saiu fiquei surpreso, pois não esperava ser aprovado. O coordenador Adjunto daqui de Sena Madureira, Cleudo Farias, foi quem me ligou dando a notícia. Na hora quase chorei de tanta felicidade, porque era um sonho que estava sendo realizado”, conta Oziel Dênevan Silva.

Oziel demonstrava desde pequeno seu encanto pela carreira de professor. Emocionado, fala que muitas vezes foi tachado por outros meninos como esquisito, por causa de suas brincadeiras. “Sempre gostei de brincar de dar aulas para os meus amigos. Eu aproveitava para ajuda-los com as disciplinas que tinham dificuldades na escola ”, conta.

Aprovado em segundo lugar para ministrar o curso de Administrador de Banco de Dados do Programa Mulheres Mil, Oziel faz uma reflexão sobre essa nova experiência profissional - “espero contribuir de alguma maneira para formação técnica, moral e éticas dessas mulheres”.

Antônio Hudson Maia, 18 anos, conta que o grupo de amigos está ainda mais ligado, após a conclusão do processo de seleção. “Depois do resultado, nos reunimos para uma conversar rápida. É fiquei imensamente feliz em saber que o Oziel e o Andevan também foram aprovados”, destaca.

Responsável por ensinar no curso Banco de Dados II, ele acredita que o sucesso da aula depende da interação entre os envolvidos. “No primeiro dia que conheci a turma senti um frio na barriga, fiquei um pouco assustado, pois nunca tinha dado aula. Mas, depois de interagir um pouco com as alunas, fiquei mais seguro”, disse.

Já o quarto colocado no banco de vagas para educador, Andevan de Oliveira, 19 anos, não vê a hora de iniciar suas atividades no programa, incumbido de ministrar a disciplina de Informática Básica. Ele espera ter uma boa desenvoltura na sala de aula e atender as expectativas do projeto. “Quero poder contribuir para formação intelectual dos estudantes, assim como aconteceu comigo quando eu estudava no IFAC”, comentou.