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Campus Baixada do Sol

Núcleo de Agroecologia pesquisa repelentes

publicado: 08/03/2016 00h00, última modificação: 08/11/2021 19h24
Núcleo do Campus Avançado Baixada do Sol está desenvolvendo ações que incorporam os princípios e instrumentos da Agroecologia na atenção às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti
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Publicado: Terça, 08 de Março de 2016, 11h10

O Núcleo de Agroecologia do Campus Avançado Baixada do Sol está desenvolvendo ações que incorporam os princípios e instrumentos da Agroecologia na atenção às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. As ações tiveram início no dia 24 de fevereiro e continuam acontecendo diariamente, envolvendo servidores e estudantes da Unidade.

Em virtude do aumento dos casos de doenças, especialmente nesta época do ano, multiplicam-se as campanhas de conscientização que visam a eliminação dos focos de reprodução dos mosquitos. Na maioria das vezes, essas iniciativas incluem a aplicação de larvicidas e uso de fumacê para eliminá-los. A dedetização química também era comumente utilizada nos espaços internos e externos do campus. Dessa forma, o conceito de potabilidade da água é posto em questão, e surgem riscos à saúde humana e ambiental que não são apresentados às populações diretamente atingidas.

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O Núcleo tomou a iniciativa de buscar alternativas ao uso de produtos químicos por conta das unidades demonstrativas de cultivo ecológico instaladas, e também em sintonia com os argumentos divulgados pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) em nota técnica sobre os problemas oriundos de décadas de abordagem de combate ao vetor (o mosquito transmissor) com o uso de larvicidas e nebulizações químicas.

Este é o cenário que motivou servidores e alunos do Campus Baixada, que trabalham o eixo tecnológico de Recursos Naturais, especialmente no Curso Técnico em Agroecologia. O grupo, coordenado pela professora Joana de Oliveira e pela TAE Juliana Dobrões, construiu um itinerário de ações no campus, que incluem o monitoramento diário dos focos de reprodução do mosquito, uso de métodos mecânicos de limpeza e saneamento e a introdução de uma linha de pesquisa sobre a ação larvicida, repelente e/ou inseticida de plantas conhecidas na região e de outros países, que passaram a ser cultivadas no campus.

É uma novidade para o Núcleo de Agroecologia trabalhar esse tema porque geralmente estamos mais voltados para o campo. Mas aqui, como a gente está trabalhando com Agroecologia urbana, esbarramos nessas questões”, explica a professora. Ela afirma que as ações têm um caráter essencialmente pedagógico, com objetivo de aproximar os conhecimentos da etnobotânica e da ecologia ao cotidiano dos estudantes e de debater a influência de grandes corporações nas políticas de saúde pública.

Para a estudante do último ano do curso Técnico em Agroecologia, Antonia Muniz, além de adquirir mais conhecimento com a participação em pesquisas como esta, há a oportunidade de passar o conhecimento adiante. “Além de estarmos aprendendo, estamos transmitindo o conhecimento”, afirma. Como as ações seguem em desenvolvimento, o grupo faz o convite à comunidade acadêmica para participar das atividades. As reuniões acontecem toda quarta-feira às 9 horas.

Confira mais imagens desta ação no facebook do Rede Ifac